A harmonização facial caiu no gosto dos brasileiros, e é frequentemente procurada para equilibrar e realçar traços do rosto.
Segundo a Pesquisa Global Anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é considerado um dos principais mercados da medicina estética.
O país, segundo a ISAPS, fica atrás apenas dos Estados Unidos, e isso se deve ao fato de termos uma alta demanda por esse e outros procedimentos estéticos por aqui.
Conforme os dados da pesquisa da ISAPS, no Brasil, em 2023, foram realizados mais de 3,3 milhões de procedimentos estéticos.
Desse total, 2,1 milhões foram procedimentos cirúrgicos e quase 1,2 milhões foram intervenções não cirúrgicas. Além dos números registrados em 2023, a pesquisa da ISAPS apontou que em todo o mundo, foram realizados quase 35 milhões de procedimentos estéticos.
Nesse contexto, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a procura pela medicina estética no Brasil já passou de 2 milhões de procedimentos.
Esses são apenas alguns dados que ilustram como o mercado de procedimentos estéticos vem evoluindo anualmente em todo o mundo.
Neste artigo, falaremos mais sobre harmonização facial para que você fique por dentro desse tema recorrente entre pacientes e que está em alta no mercado. Continue a leitura para conferir!
A harmonização facial é um procedimento estético que tem como principal objetivo remodelar algumas áreas do rosto.
De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado global de medicina estética tem uma taxa anual de crescimento anual composta (CARG) estimada em 8,3% de 2024 a 2030.
Para que isso seja possível, são feitas correções em pontos considerados esteticamente imperfeitos para equilibrar traços e realçar características da face.
No canal do Simples Dental no YouTube, há um episódio do Simples Dentalks com o Dr. Alexandre Morita, cirurgião-dentista, professor e especialista em harmonização orofacial, que traz vários insights sobre o cenário atual da harmonização orofacial na odontologia. Confira na íntegra:
Esse procedimento estético consiste na utilização de diferentes técnicas para correção de imperfeições do rosto, como:
Além de preenchimentos dérmicos e procedimentos mais superficiais, ainda podem ser utilizados fios de sustentação para realçar algumas áreas.
Juntas, todas as técnicas de correções visam suavizar rugas, melhorar contornos e rejuvenescer a aparência.
Esse procedimento possui algumas etapas que devem ser seguidas pelo profissional especializado em estética responsável pela intervenção e o paciente. Veja:
Tudo começa com uma consulta de avaliação. Nesse momento, é possível verificar quais são as necessidades do paciente para que a harmonização facial tenha os melhores resultados.
Após a avaliação, o profissional que irá realizar a harmonização facial, deve fazer um planejamento para o tratamento, especificando quais produtos e técnicas serão utilizadas no rosto do paciente.
Antes do procedimento, com base nas informações obtidas na consulta inicial, o profissional tem que orientar o paciente sobre o que pode ser feito no dia a dia, até o momento da intervenção, e o que precisa ser evitado em relação aos seus hábitos.
As intervenções estéticas devem ser realizadas em um ambiente preparado, com itens e produtos adequados para esse procedimento, seguindo o que foi estabelecido na etapa de planejamento.
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Após as correções no rosto, o profissional que fez o procedimento precisa orientar bem o paciente com recomendações para o pós-tratamento.
Essas recomendações são fundamentais para garantir que a harmonização tenha os resultados esperados.
Isso também reforça a necessidade do profissional responsável pela intervenção ter conhecimento e preparação técnica, para que o paciente não seja exposto a complicações, como deformações no rosto.
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Para o paciente, a harmonização facial traz diferentes benefícios. O principal deles é o aumento da autoestima e autoconfiança.
Há ainda as correções assimétricas das áreas do rosto consideradas esteticamente imperfeitas, que proporcionam bem-estar em relação à aparência.
Por meio desse procedimento também há a possibilidade de reverter problemas originados por traumas faciais.
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Ao passo que a harmonização facial vem ganhando mais espaço a cada ano, esse procedimento estético também vai se modificando e dando origem a novas tendências.
Uma das principais tendências relacionadas à harmonização facial é a busca por um rosto esteticamente equilibrado e com as imperfeições corrigidas, porém, com uma aparência cada vez mais natural.
Então, a tendência é que o público procure por tratamentos que estimulem mais a produção de colágeno, criando, gradualmente, aversão a uma aparência artificializada.
Outra tendência que vale ser mencionada é o desenvolvimento de novas técnicas ainda menos invasivas, que diminuem o tempo de recuperação da harmonização facial.
Além disso, podem ser desenvolvidos novos produtos capazes de proporcionar resultados mais duradouros e, ao mesmo tempo, manter a expressividade do rosto.
A tecnologia poderá estar presente também na harmonização facial, promovendo mais avanços para esse tipo de tratamento estético.
Nesse sentido, além de itens mais modernos, como microcânulas e injetáveis, a Inteligência Artificial também pode ganhar espaço nesse tipo de tratamento, sendo utilizada para tornar as intervenções ainda mais personalizadas.
Esse é um tipo de questionamento que pode surgir no imaginário de muitos dentistas.
E nós temos a resposta para essa dúvida: dentistas podem atuar na harmonização orofacial, pois essa área foi reconhecida como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2019.
Isso quer dizer que a atuação do dentista deve se limitar à região orofacial, ou seja, às estruturas ligadas à boca, face e pescoço, dentro de seus conhecimentos anatômicos e funcionais.
A harmonização facial completa, que inclui áreas como testa e pescoço de forma mais abrangente, pode envolver procedimentos que fogem da competência odontológica e são mais comuns na Medicina.
Como citado acima, para que o dentista possa fazer harmonização facial em pessoas que buscam por esse procedimento, é necessário se especializar em harmonização orofacial.
Isso deve ser feito por meio de cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), que tenham uma carga horária de no mínimo 500 horas, conforme estabelecido pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Por meio da Resolução CFO 198/2019, complementada pela Resolução CFO 230/2020, o CFO reconheceu, há seis anos, a harmonização orofacial como especialidade odontológica.
Ao reconhecer a harmonização orofacial como especialidade odontológica na Resolução CFO 198/2019, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) estabeleceu que o cirurgião-dentista pode:
Segundo a Resolução CFO 230/2020 do Conselho Federal de Odontologia, o dentista não pode realizar os seguintes procedimentos:
Você viu acima que o dentista pode fazer harmonização facial em pacientes, desde que tenha especialização em harmonização orofacial. Mas qual é a diferença entre uma e outra?
A harmonização facial é um procedimento destinado para correções mais gerais em todo o rosto.
Já a harmonização orofacial é específica para intervenções na região da boca, maxilar e mandíbula. Além disso:
Se a harmonização facial traz impactos positivos para quem a oferece, com a harmonização orofacial não é diferente.
Oferecer esse tratamento impulsiona a clínica odontológica de diferentes formas ao:
Além disso, o cirurgião-dentista que atua com harmonização orofacial também é diretamente beneficiado ao abrir outro leque de possibilidades para sua carreira no mercado odontológico.
Outra vantagem é a de ser um profissional bem valorizado por ter esse tratamento como um de seus principais diferenciais em relação aos demais colegas de profissão.
Para trabalhar com harmonização orofacial, é importante que tanto o dentista quanto a clínica odontológica estejam bem preparados.
Como citado mais acima, além de o dentista ter que comprovar a sua especialização em harmonização orofacial, a Resolução CFO 198/2019 do Conselho Federal de Odontologia (CFO) determina que ele também poderá obter o registro de especialista em harmonização orofacial se:
Em relação à preparação da clínica odontológica, são necessários alguns investimentos em itens que vão desde os mais básicos, como camas e cadeiras, até os mais específicos.
Tudo isso é para garantir que a harmonização orofacial seja feita com total segurança e conforto.
É preciso investir em equipamentos, como:
Também são necessários investimentos em acessórios para as aplicações, como microcânulas, seringas, canetas para resfriamento da pele, bolsas térmicas, máscaras de gel, etc.
Além da harmonização facial e orofacial, no blog do Simples Dental há outros artigos com temas relevantes esperando pela sua visita.
Nesse espaço informativo, são abordados diversos temas importantes relacionados à odontologia.
Além disso, você pode conferir dicas valiosas sobre como impulsionar o sucesso da sua clínica ou consultório odontológico.